A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse à saída do encontro com os parceiros sociais - onde foi proposto um aumento do salário mínimo para 635 euros - que o valor resulta de um "equilíbrio", depois de terem sido ouvidas as opiniões dos parceiros. Mendes Godinho deixou claro que se trata de um "início do caminho".
"Ouvimos os parceiros, as diferentes opiniões e encontramos aqui um equilíbrio. É o início de um caminho", disse Ana Mendes Godinho, em declarações aos jornalistas.
A governante disse que há um compromisso entre os parceiros para que se chegue a um acordo global de rendimentos, sendo que está agendada já uma reunião para o dia 27 de novembro.
Uma das preocupações comum às partes ouvidas é a "necessidade de atualização dos salários", mas a ministra revela que isto tem de ser feito em "função de dados económicos".
O objetivo do Governo, sublinhe-se, passa por aumentar o salário mínimo para 750 euros até 2023. "Pressupondo que depois vamos fazendo avaliações anuais para encontrarmos um valor para cada ano em função da evolução da economia", explicou Ana Mendes Godinho.
Sobre o facto de este valor não ter sido negociado, mas antes apresentado pelo Governo, tal como disseram os sindicatos à saída do encontro, a ministra do Trabalho salienta que é a "própria lei que diz que o salário mínimo nacional deve ser fixado pelo Governo", concluiu.