Entre Janeiro e Setembro foram anunciadas no site do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) 99.814 ofertas de emprego, um aumento de 41% face a igual período do ano passado e com particular destaque para a área da indústria, que registou o maior aumento entre as áreas disponibilizadas.
O IEFP, citado pelo DN, destaca que sente-se “um acolhimento favorável, por parte dos empregadores, dos programas e medidas de emprego e também de formação profissional direccionadas para promover e intensificar o emprego”.
Contudo, os salários oferecidos não registam a mesma tendência. O rendimento médio é 5% inferior ao de 2010 e não vai muito além do valor do salário mínimo nacional. A juntar a isto, o maioria das ofertas de trabalho são para contrato, sendo que muitos a tempo parcial.
As pessoas com o 4º ou 9º anos de escolaridade são o principal alvo das ofertas que escasseiam para jovens licenciados. “Apesar de estarmos a melhorar e, por isso, a ver surgirem contratações essa recuperação ainda não se sente ao nível dos salários”, reconhece Rafael Campos Pereira, da Confederação Industrial de Portugal (CIP).
Quanto às áreas que disponibilizam mais ofertas, destaca-se, salienta o DN, a indústria com mais 62,8% das ofertas do que em 2012, sendo a têxtil a alcançar a maior subida com um aumento de 163% no número de vagas fase ao ano passado.