"A extensão da licença geral temporária não terá, de qualquer forma, impacto substancial na atividade da Huawei. Esta decisão não altera o facto de que a Huawei continuar a ser tratada de forma injusta", declara a tecnológica numa nota à imprensa.
Em causa está a decisão dos Estados Unidos, conhecida na segunda-feira, de alargar por mais três meses a autorização para as empresas norte-americanas venderem equipamentos ao grupo de telecomunicações chinês Huawei, como indicou o departamento do Comércio.
Na nota hoje divulgada, o grupo chinês reafirma que "a decisão por parte do departamento de Comércio dos Estados Unidos em relação à lista de entidades foi mais prejudicial aos EUA do que à Huawei".
"Esta situação provocou danos significativos a empresas americanas com as quais a Huawei tem relações comerciais, já perturbou a colaboração e debilitou a confiança mútua de que depende a cadeia global de fornecimento", continua a empresa chinesa.
A Huawei apela assim ao Governo de Donald Trump que "ponha fim a este tratamento injusto e que remova a Huawei da lista de entidades".
Este foi o terceiro adiamento concedido desde maio pelos EUA, quando a administração norte-americana decidiu colocar a Huawei numa 'lista negra' de entidades proibidas de fazerem negócios com empresas norte-americanas, alegando motivos de "segurança nacional" e acusando o grupo de trabalhar com as autoridades de Pequim.
Pouco depois de ser anunciada a decisão inicial de Washington, foi indicado que só entraria em vigor 90 dias depois, prazo que em agosto foi renovado, o mesmo acontecendo agora com o novo prazo para negócios a manter-se até 16 de fevereiro de 2020.
"O Departamento do Comércio vai continuar a vigiar de perto as exportações de tecnologia mais sensível para garantir que as nossas inovações não são exploradas pelos que ameaçam a segurança nacional", referiu o secretário do Comércio, Wilbur Ross, citado no comunicado onde anunciou o prolongamento desta licença temporária.