À margem da cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2018, num hotel em Lisboa, o chefe de Estado reiterou que "pode acontecer ou não" a necessidade de uma nova injeção de capital no Novo Banco este ano, mas nada mais quis adiantar sobre este assunto.
"Não tenho informação nenhuma, por isso é que eu disse: se houver, se for necessário. Se não for necessário, melhor", afirmou o Presidente da República, em resposta aos jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as declarações que fez hoje à tarde, a propósito da execução orçamental, em que aconselhou a que se espere "pelas despesas de novembro e dezembro" e também "por reflexos ou não, este ano, da necessidade de injeção financeira no sistema financeiro", mais concretamente, "no Novo Banco".
"O que eu disse é: atenção que não se entre em euforia, porque ainda faltam dois meses, novembro e dezembro, e porque aconteceu em anos anteriores, pode acontecer ou não, a necessidade de haver, já foi noticiado, a hipótese de haver uma injeção que, aliás, não é só do Estado, nem sobretudo do Estado. E pode haver ou não", explicou.
Considerando que "é excelente" as administrações públicas terem registado um excedente até outubro, o chefe de Estado acrescentou que o seu objetivo foi "refrear a euforia que começava a reinar e, sobretudo, a ideia de que, portanto, o próximo Orçamento pode ser um Orçamento despesista, o que seria uma inflexão num caminho, numa trajetória que tem sido seguida".