Governo quer aumentos salariais de 2,7% em 2020

A proposta foi apresentada, esta quarta-feira, aos parceiros sociais, avança a RTP.

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Notícias ao Minuto
27/11/2019 12:38 ‧ 27/11/2019 por Notícias ao Minuto

Economia

salários

O Governo quer aumentos salariais de 2,7% em 2020, seguidos de 2,9% em 2021 e 2022, de acordo com a notícia que está a ser avançada pela RTP3. O objetivo é que em 2023 os aumentos salariais sejam de 3,2%, de acordo com a proposta apresentada pelo Executivo aos parceiros sociais, esta quarta-feira, 

À entrada da reunião entre o Governo e os parceiros sociais, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital afirmou que o Executivo pretende alcançar na Concertação Social um compromisso que permita aumentar nas empresas os salários acima da inflação e da produtividade nos próximos anos.

"Aquilo que desejamos é que os salários em Portugal possam crescer acima daquilo que é a soma da inflação e da produtividade para podermos caminhar para uma mais justa repartição dos salários no Produto Interno Bruto", disse o ministro Pedro Siza Vieira à entrada da reunião da Concertação Social, em Lisboa, sobre o acordo global e rendimentos e competitividade.

"Queremos ter um compromisso, de em sede de negociação coletiva, em cada setor, quase em cada empresa, possamos caminhar no sentido de uma valorização dos salários", acrescentou o governante.

A ideia é, segundo explicou, um consenso entre centrais sindicais e confederações patronais para que na negociação coletiva "e com a liberdade que ela oferece às empresas e aos sindicatos, poder haver uma valorização maior dos salários acima da tendência que tem havido nos últimos tempos".

Por outro lado, Siza Vieira defendeu que, para isso, é necessário criar condições para que as empresas possam ser mais competitivas e para aumentar a produtividade em todos os setores.

"Temos de trabalhar por vários segmentos e de uma forma bastante articulada", adiantou o ministro da Economia.

Por sua vez, à entrada da reunião da Concertação Social, o líder da UGT, Carlos Silva, defendeu um referencial de aumento entre 3% e 4% para a negociação coletiva, enquanto o dirigente da CGTP, Arménio Carlos, voltou a dizer que está contra a definição de um referencial por considerar que levará a uma "cartelização" salarial.

Na reunião da Concertação Social estão, além do ministro Siza Vieira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

[Notícia em atualização]

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