IGCP "teve cinco meses para fazer trabalho de casa"

O deputado do PCP Paulo Sá disse hoje que o presidente do IGCP teve cinco meses para fazer o trabalho de casa, depois de este não dizer inicialmente quantos swap de natureza especulativa foram contratados pelas empresas públicas.

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Lusa
27/11/2013 18:07 ‧ 27/11/2013 por Lusa

Economia

Swaps

O deputado comunista questionou hoje no Parlamento o presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, João Moreira Rato, sobre "quantos contratos de natureza especulativa" foram efetuados por empresas públicas, quais as empresas e os bancos envolvidos nessas operações.

"Não sei de cor", "não me recordo" e "vou facultar essa informação", foram as respostas dadas inicialmente por Moreira Rato.

Paulo Sá lembrou que no início das audições, que arrancaram em junho, o deputado do CDS-PP Helder Amaral já tinha solicitado o número de swap especulativos contratados e que já nessa altura Moreira Rato não dispunha da informação, comprometendo-se a enviá-la mais tarde.

"Não se lembra quantos contratos especulativos foram feitos, não se lembra que bancos venderam swaps especulativos, não se lembra que empresas contraram swaps especulativos, mas pelo menos sabe que há swaps especulativos", disse Paulo Sá.

O deputado afirmou que Moreira Rato "tinha este trabalho de casa durante cinco meses" e acrescentou: "Agradecia que passados cinco meses facultasse [a informação]".

Por sua vez, Moreira Rato respondeu: "Vou olhar para os números mal chegue ao IGCP e facultarei a informação".

O presidente da comissão parlamentar de inquérito aos swap, Jorge Lacão, afirmou que a informação terá que ser prestada no "limite máximo de dez dias a contar a partir de hoje", de forma a que esta ainda seja útil à comissão e possa ser integrada na proposta de relatório, que será apresentada a 17 de dezembro.

Contudo, momentos depois o deputado do PSD Afonso Oliveira veio questionar: "Como é que é possível no final de quarenta e tal audições ainda vir o senhor deputado questionar os 'especulativos'?".

Segurando na mão a apresentação efetuada pelo IGCP na Comissão de Orçamento e Finanças e Administração Pública (COFAP) em maio deste ano, que resume o relatório sobre os swap daquela agência que gere a dívida pública, Afonso Oliveira citou o documento, colocando o enfoque na palavra 'problemáticas'.

"No fim da análise Transação/Banco/Empresa foram classificadas como problemáticas 56 transações envolvendo seis empresas [Metro de Lisboa, Metro do Porto, CARRIS, CP, EGREP e STCP] e oito bancos, e que a 31.12.2012 tinham um valor de mercado negativo de 2.64 mil milhões de euros".

A informação foi então de seguida novamente disponibilizada por Moreira Rato.

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