Em comunicado, a dona da Meo refere que, "quase 36 horas depois de ter aberto o gabinete de crise e acionado o plano de emergência, a Altice Portugal vai manter os mesmos ativos até domingo".
Adianta que a "partir da 'war room' [centro das operações], na sede em Lisboa, a Altice Portugal continuará em contacto permanente e estreito com as autoridades que estão no terreno, nomeadamente a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), autoridades locais e forças de segurança".
A decisão, explica, "foi tomada depois da previsão da ANEPC de continuidade da instabilidade da situação meteorológica, com agravamento no Norte e Centro do país durante as próximas 24 horas, uma vez que à depressão Elsa se seguirá agora a depressão Fabien".
O grupo "procedeu ao reforço de equipas na zona Centro para defesa de infraestruturas, tendo agora no terreno mais de um milhar de técnicos e operacionais especializados para dar resposta às situações de afetação de serviço e clientes em todo o país".
A intervenção das equipas técnicas da Altice Portugal, salienta, "está dependente da própria situação meteorológica e sujeita a autorização por parte das autoridades, sendo que as principais causas para a afetação de comunicações são o corte de transmissão por queda de árvores ou estruturas e a falha no fornecimento de energia".
A empresa liderada por Alexandre Fonseca "enviou uma comunicação a todos os municípios afetados, reforçando a informação relativa aos contactos institucionais, do gabinete de crise e provedoria, de forma a facilitar o contacto permanente, a todo o tempo (24 horas por dia), no sentido de promover a maior eficácia na resolução dos diferentes eventos que a tempestade tem causado".
A Altice Portugal sublinha que, "no atual momento, seria injusto ser indiferente ao esforço hercúleo, em situação meteorológica muito adversa, com que os colaboradores da EDP têm sido confrontados".
"Queremos assim, publicamente, agradecer a relação estreita que temos mantido, bem como valorizar o extraordinário trabalho que esta empresa portuguesa está a levar a cabo nas regiões afetadas", lê-se no comunicado.
A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas, registando-se entre quarta-feira e as 12:00 de hoje cerca de 7.000 ocorrências, na sua maioria inundações e quedas de árvore.
Num balanço feito ao início da tarde, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu que os distritos mais afetados são Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra, Braga e Lisboa.
Segundo a Proteção Civil, até às 20:00 deverá verificar-se um agravamento do estado do tempo, sendo depois expectável que a situação comece a estabilizar.
O mau tempo provocou também danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.