Império de Isabel dos Santos abalado? "A verdade há-de imperar"

Na segunda-feira, o Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais da empresária angolana Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e Mário da Silva, além de nove empresas nas quais detêm participações sociais.

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Beatriz Vasconcelos com Lusa
31/12/2019 08:39 ‧ 31/12/2019 por Beatriz Vasconcelos com Lusa

Economia

Isabel dos Santos

O ano não está a terminar da melhor forma para a empresária Isabel dos Santos, que na segunda-feira viu o arresto preventivo das suas contas bancárias pessoais, além de nove empresas nas quais detém participações sociais, por parte do Tribunal Provincial de Luanda. Em reação, a empresária apela à tranquilidade e mostrou-se confiante no apuramento da "verdade". 

"Vamos continuar, todos os dias, em todos os negócios, a dar o nosso melhor e a lutar por aquilo que eu acredito para Angola. O caminho é longo, a verdade há-de imperar. Unidos somos mais fortes", escreveu a empresária na rede social Twitter, na segunda-feira à noite. 

Em causa está um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola que refere que o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos intentou uma providência cautelar de arresto no Tribunal Provincial de Luanda contra Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário Filipe Moreira Leite da Silva.

Ao que indica a PGR, Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, Sindika Dokolo, marido da empresária, e Filipe da Silva, celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal, que causaram ao estado um prejuízo de 1.136.996.825,56 dólares (1.015.266.455 euros).

Na rede social Twitter, Isabel dos Santos apelou ainda à "tranquilidade e confiança" das suas equipas de trabalho.  

 

Governo garante funcionamento de serviços

Ainda na mesma nota, a PGR sublinha que para garantir o normal funcionamento das empresas, cujas participações sociais foram arrestadas a seu pedido, o tribunal indicou como fiel depositário os próprios conselhos de administração e o Banco Nacional de Angola.

E é deixada uma garantia: "Importa realçar que a presente providência cautelar não afeta os postos de trabalhos das empresas supra referidas nem os compromissos por ela assumidos, pois visa apenas acautelar o cumprimento de uma obrigação", pode ler-se no documento.

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