Indústria alimentar quer menos impostos sobre os produtos do mar
A indústria alimentar pediu hoje ao Governo a redução dos impostos sobre os produtos do mar, fomentando o investimento privado e hábitos de consumo saudáveis, foi anunciado.
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Economia Impostos
Esta indústria pede ao Governo que melhore a fiscalidade que incide sobre as indústrias do mar, "tornando-a mais favorável ao investimento privado e induzindo hábitos de consumo mais saudáveis na população portuguesa", defendeu, em comunicado, o presidente da Associação da Indústria Alimentar pelo Frio (ALIF), Manuel Tarré.
O também presidente do grupo Gelpeixe vincou que a taxa máxima de IVA de 23% "não deve ser aplicada a nenhum produto alimentar", acrescentando que "o país estará a investir em si próprio se promover uma alimentação mais rica, mais saudável e ambientalmente sustentável".
As indústrias do mar estão em desaceleração em Portugal nos últimos dois anos, após terem crescido acima do Produto Interno Bruto (PIB) durante os anos da intervenção da 'troika' no país, revelou hoje um estudo da consultora PwC.
De acordo com o LEME -- Barómetro PwC da Economia do Mar, os indicadores de 2018 e 2019 apontam para uma "quebra notória" nos "Portos e Transportes Marítimos" e em componentes do "Turismo Azul", sendo que apenas a "Fileira Alimentar do Mar" mantém uma trajetória virtuosa no conjunto das indústrias marítimas com maior peso na economia portuguesa.
Em Portugal, em 2017, as indústrias do mar geraram cerca de quatro mil milhões de euros de valor acrescentado bruto, segundo os relatórios da União Europeia.
Manuel Tarré lamentou ainda que, atualmente, o IVA cobrado em produtos como o peixe pré-cozinhado seja de 23%, enquanto o IVA cobrado a quem come peixe nos restaurantes fixa-se em 13%.
"Esta divergência de imposto para o mesmo produto não faz sentido nenhum e é um bom exemplo do que há para melhorar no setor", sublinhou.
O presidente da ALIF justificou o desempenho da indústria alimentar com a "qualificação dos seus processos", que são mais sustentáveis e apresentam uma maior qualidade nutritiva.
Por outro lado, para esta 'performance' contribuiu o processo de internacionalização das empresas nacionais e a sua capacidade para se tornarem competitivas, com o impulso de algumas das maiores feiras internacionais da alimentação.
"Temos também registado que nos principais mercados emissores de turistas para Portugal as vendas têm crescido, ou seja, depois de visitarem Portugal, os turistas encaram o produto português com outros olhos", notou Manuel Tarré.
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