O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), que com a EDP está envolvido no projeto, explica em comunicado hoje divulgado que, com o apoio da Comissão Europeia, os sete países (Portugal, Suíça, França, Áustria, Espanha, Alemanha e Reino Unido) uniram-se para "desenvolver tecnologias inovadoras e flexíveis que vão ser instaladas em centrais hidroelétricas".
O objetivo é que as novas soluções, ao contribuir para melhorar o desempenho das centrais, contribuam também para um sistema de energia de baixo carbono, no sentido de cumprir as metas de redução de emissão de gases com efeito de estufa (emissões neutras em 2050). Até 2030 a produção de energia por fontes renováveis deve ser de pelo menos 32%.
O projeto, com o nome XFLEX HYDRO, vai ser testado em Portugal nas barragens de Frades, Alqueva, Alto Lindoso e Caniçada, nas quais vão ser instalados sistemas modernos de turbinas e bombas.
"Espera-se que em 2023, quando o projeto concluir, seja entregue à Comissão um roteiro para aumentar a adoção de tecnologias em toda a frota hidroelétrica, que inclua recomendações políticas e de mercado para governos, reguladores e indústria", diz-se no comunicado do INESC TEC.
Citado no comunicado, Carlos Moreira, coordenador do projeto no INESC TEC e docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, diz: "A ideia do projeto passa pelo desenvolvimento de novas soluções tecnológicas que vão integrar as centrais hidroelétricas de vários tipos, pretendendo contribuir para melhorar o seu desempenho e eficiência, e desta forma contribuir para a descarbonização do setor energético facilitando maior integração de outras renováveis caracterizadas pela elevada variabilidade temporal e pela muito reduzida controlabilidade".