"A formação do novo Governo da Espanha é consistente com as nossas expectativas [...], mas a incerteza política irá persistir", considera a Fitch em comunicado.
A agência de notação financeira sustenta o seu parecer pelo facto de o novo executivo ter sido eleito com uma diferença reduzida de apoio parlamentar, e de a política do governo regional catalão de insistir na independência continuar a ser uma fonte potencial de incerteza política.
Os membros do novo executivo espanhol tomam posse em Madrid na próxima segunda-feira, perante o rei Felipe VI, e terão a sua primeira reunião (Conselho de Ministros) na terça-feira.
Pedro Sánchez tomou posse na passada terça-feira como chefe do Governo, um dia após ser investido no parlamento, por 167 votos a favor e 165 contra, para liderar uma coligação entre Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Unidas Podemos (extrema-esquerda).
A sua investidura pôs fim a quase um ano de paralisação política, em que Sánchez liderou um executivo de gestão.
Para a Fitch, também são fontes de "incerteza" a falta de apoio claro ao executivo minoritário por parte de partidos de menor dimensão que terão de votar favoravelmente o projeto de Orçamento de Estado para 2020.