"A chamada será de 1.037 milhões de euros. É o valor que está previsto. É um valor elevado, evidentemente, abaixo do ano passado, já de si foi muito alto", informou esta quarta-feira o presidente do Fundo de Resolução, no Parlamento.
Em audição na Comissão de Orçamento e Finanças, a pedido do Bloco de Esquerda, Máximo dos Santos disse que esta é a última estimativa, embora os resultados do Novo Banco só sejam conhecidos na próxima sexta-feira.
Em 2019, recorde-se, o Novo Banco precisou de uma injeção de 1.149 milhões de euros devido às contas do ano anterior.
O valor que o Novo Banco irá pedir formalmente ao Fundo de Resolução ainda terá de ser validado antes de ser dada ordem de pagamento.
Já para o Fundo de Resolução bancário o pagar, indicou Máximo dos Santos que o Fundo tem 255 milhões de euros de receitas próprias decorrentes de contribuições dos bancos, pelo que para o valor restante irá pedir em empréstimo ao Tesouro público, no limite previsto no Orçamento do Estado, de 850 milhões de euros.
Em 2017, no âmbito da venda de 75% do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star (o Fundo de Resolução tem os restantes 25%), o Estado fez um acordo que prevê a recapitalização do banco pelo Fundo de Resolução (entidade da esfera do Estado) para cobrir falhas no capital geradas pelos ativos tóxicos com que o Novo Banco ficou do BES (crédito malparado e imóveis).
No total, segundo esse acordo, o Fundo de Resolução bancário pode injetar até 3,89 mil milhões de euros no Novo Banco até 2026.
Referentes a 2017 e 2018, o Novo Banco já recebeu 1.941 milhões de euros.