Abrandamento na procura devido ao Covid-19 leva easyJet a cancelar voos

A companhia aérea vai levar a cabo algumas estratégias para controlar os custos e fazer face à redução das receitas.

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Filipa Matias Pereira
28/02/2020 08:02 ‧ 28/02/2020 por Filipa Matias Pereira

Economia

easyJet

A easyJet irá proceder ao cancelamento de alguns voos em resposta ao aumento da incidência de casos de Covid-19 que, depois da Ásia, estão a afetar a Europa. A companhia aérea explica que está a registar, nos últimos dias, "um abrandamento significativo na procura e na taxa de ocupação de e para as bases no norte de Itália", mas os voos da companhia entre Portugal e Itália não estão afetadas

A situação, porém, continuará a ser monitorizada e será adaptado o "plano de voos para corresponder à procura do mercado". 

Em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a easyJet esclarece que, "embora seja ainda muito cedo para determinar qual será o impacto do surto do Covid-19 nas previsões e orientações do corrente ano para os negócios das companhias aéreas e do turismo", continuará atenta "aos desenvolvimentos" e será atualizada "a informação junto de todos os mercados, sempre que se justifique".

A companhia aérea está ainda a trabalhar em "estreita colaboração com as autoridades e a seguir as diretrizes fornecidas pela Organização Mundial da Saúde e pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação para garantir a saúde e o bem-estar dos colaboradores e clientes".

Contactada pela agência Lusa, fonte da companhia aérea britânica de baixo custo disse que os voos da companhia entre Portugal e Itália não estão afetadas. Esclareceu ainda a mesma fonte que a nota foi emitida porque a empresa está cotada na bolsa e porque está a ser vivida uma situação anómala no norte de Itália, onde a empresa tem uma boa parte das suas operações. 

Entretanto, "para ajudar a diminuir o impacto" da epidemia, a easyJet irá fazer uma "gestão de eficiência operacional e de controlo de custos em diversas áreas do negócio", prevendo-se cortes no "orçamento das áreas administrativas e gastos discricionários, congelamento de recrutamento, promoções e aumentos salariais em toda a rede, adiamento de projetos não urgentes e gastos de capital, oferta de licença não remunerada e interrupção de formação não obrigatória, trabalho com fornecedores para redução adicional de custos e realocação de aviões para o verão de 2020, que oferecerão mais oportunidades de receita na recuperação do mercado".

[Notícia atualizada às 8h55]

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