No total, os utilizadores de serviços de comunicações apresentaram cerca de 100,6 mil reclamações no ano passado, representando uma subida de 4% face a 2018, devendo-se este crescimento "ao aumento do volume de reclamações sobre os serviços postais", esclareceu, em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Segundo o regulador, os CTT foram o prestador mais reclamado, sendo alvo de 83% do total das 28 mil reclamações relativas ao setor postal em 2019 e tendo aumentado em 12% as reclamações comparativamente a 2018, para 23 mil.
Seguiu-se a DPD, com 11% das reclamações totais, representando um aumento de 55% face ao período homólogo.
"Os restantes operadores representam 4% das reclamações e, tal como a DPD, têm visto aumentar o seu peso nas reclamações totais do setor", alertou a Anacom.
Numa análise por motivo da reclamação, o atraso na entrega foi o que registou uma maior percentagem de queixas e também o que mais aumentou em proporção no setor postal (passou de 28% para 32% do total de reclamações).
Seguiram-se a entrega de objetos postais no domicilio (27%), designadamente a falta de tentativa de entrega, o atendimento ao cliente (23%), o tratamento de reclamações (18%) e o extravio de objetos postais (12%).
Já as reclamações relativas ao atendimento ao cliente desceram, no período em análise, para 23% do total, menos três pontos do que em 2018, bem como as reclamações sobre desalfandegamento de objetos pessoais, que passaram de 7% para 4%.
Quanto às reclamações sobre serviços de comunicações eletrónicas, a Meo foi, segundo o regulador, o operador com mais reclamações (36%), seguindo-se a NOS (32%), a Vodafone (28%) e, por último, a Nowo/Oni (4%).
A Anacom acrescentou que apenas a Meo registou uma diminuição do volume de reclamações (21% para 26 mil), tendo as reclamações sobre a Vodafone aumentado 34% para 19,9 mil, seguida da Nowo/Oni, com mais 18% situando-se nas 2,7 mil, e a NOS, com uma subida de 4% para 23 mil reclamações.
Os temas mais reclamados neste setor foram, adianta a Anacom, a faturação (29%) e a contratação de serviços (25%).