"A greve vai manter-se pelos mesmos motivos que foi convocada, contra a imposição negocial do Governo, por aumentos salariais dignos, pela revisão da tabela remuneratória única", começou por dizer o líder da Frente Comum, Sebastião Santana, em conferência de imprensa, em Lisboa.
"No entanto, foi entendimento da Frente Comum não contribuir para o alarmismo social que existe e, fazendo justiça ao sentido de responsabilidade dos trabalhadores da administração pública, nomeadamente os da saúde, optámos por assegurar o normal funcionamento dos serviços dependentes do Ministério da Saúde", afirmou o dirigente sindical.
Em 28 de fevereiro, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou uma greve nacional para 20 de março, exigindo aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores em 2020 e a "correção urgente" da tabela remuneratória única.
A decisão foi anunciada durante um plenário nacional de sindicatos da administração pública, realizado junto à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, Lisboa.
Os sindicatos da Frente Comum, estrutura da CGTP, exigem uma "efetiva negociação por aumentos salariais reais", depois de o Governo ter avançado com uma atualização de 0,3% para a função pública e um acréscimo de 10 euros nos dois níveis remuneratórios mais baixos (até cerca de 700 euros).