A exibidora fechará temporariamente as salas de cinema que detém em Lisboa, Sintra, Amadora, Setúbal e Leiria.
"Face à evolução da situação, o encerramento é a atitude mais adequada, numa fase em que o isolamento social é imprescindível para travar a atual situação que o país vive", refere a exibidora.
Segundo o Instituto do Cinema e Audiovisual, a NLC -- Cinema City é a terceira maior exibidora em Portugal, com 46 salas de cinema repartidas por seis recintos, com um total de 6.648 lugares.
O mercado da exibição cinematográfica em Portugal é liderado pela NOS Cinemas, com 219 salas que já estão encerradas desde segunda-feira, por causa do novo coronavírus.
Também a exibidora UCI, a quarta maior exibidora, anunciou na segunda-feira o encerramento de 45 salas em três centros comerciais e por tempo indeterminado.
A Cineplace, a segunda maior exibidora, com 85 salas de cinema e 14 recintos, ainda se mantém aberta. Na segunda-feira, fonte da exibidora disse à agência Lusa que estava ainda a analisar internamente a situação antes de tomar qualquer decisão.
Na página oficial, a Cineplace apresenta ainda os filmes que tem em cartaz hoje e quarta-feira.
A maioria das salas de cinema inicialmente apresentou planos de contingência, como redução da capacidade das salas e reforço de higienização, mas acabou por anunciar o encerramento temporário.
Foram os casos dos cinemas Nimas e Ideal, em Lisboa, do Trindade, no Porto, assim como do Cineclube de Viseu, que cancelaram todas as sessões.
A rede portuguesa de exibição comercial de cinema integra 535 salas, com cerca de 99 mil lugares.
De acordo com dados estatísticos do ICA, até ao início de março, a NOS Cinemas teve 7,6 milhões de euros de receita de bilheteira, seguindo-se a UCI com 1,6 milhões de euros, a Cineplace com 1,1 milhões de euros e a NLC -- Cinema City, com cerca de 882 mil euros.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há o registo oficial de 331 pessoas infetadas e uma morte, de acordo com os números mais recentes da Direção Geral da Saúde, anunciados na segunda-feira.