Portugal fechou 2019 com excedente de 0,2%. É a 1.ª vez em democracia
Os dados foram divulgados pelo INE, esta quarta-feira. O Governo antecipava um défice de 0,1%.
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Economia Contas Públicas
O primeiro-ministro, António Costa, tinha razão: o saldo orçamental do ano passado foi positivo. Os dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira, revelam que Portugal registou um excedente de 0,2% do produto interno bruto (PIB) no ano passado. É a primeira vez que isto acontece em democracia.
Este valor é melhor do que o Governo antecipava, uma vez que as contas do ministro das Finanças, Mário Centeno, apontavam para um défice de 0,1% do PIB.
"De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, em 2019 a capacidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) atingiu 403,9 milhões de euros, o que correspondeu a 0,2% do PIB (-0,4% em 2018)", pode ler-se no relatório da agência de estatística.
Na terça-feira, recorde-se, Costa já tinha antecipado este cenário: "Portugal tem sido justamente citado como um grande exemplo de um país que fez uma notável consolidação orçamental e dentro de dias saberemos o saldo orçamental de 2019", começou por referir o primeiro-ministro, adiantando que a expectativa do Governo era que Portugal tenha registado "um saldo orçamental positivo" - algo que acabou por se confirmar esta quarta-feira.
As previsões para este ano também iriam no sentido de mais um excedente orçamental, mas o impacto do coronavírus não irá permitir esse feito, algo já confirmado pelo primeiro-ministro. O Orçamento do Estado para 2020 prevê um excedente de 0,2% do PIB para este ano, mas esse indicador deverá ser, entretanto, revisto.
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