Questionada pelos jornalistas sobre a pretensão da TAP em colocar os seus trabalhadores em regime de lay-off, a ministra do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social disse que não comentaria situações específicas, por estar num momento de inauguração da 'triagem smart', mas sublinhou que os mecanismos implementados pelo Governo têm como objetivo a manutenção dos empregos e dos postos de trabalho.
Ana Mendes Godinho indicou, assim, que foram lançados "mecanismos de apoio à manutenção de emprego procurando, através dos instrumentos que estamos a lançar, conseguir criar condições para que as pessoas mantenham os empregos e os postos de trabalho".
A governante cita, depois, as linhas de crédito, o adiamento do pagamento de ⅔ da TSU das empresas e o regime de lay-off simplificado. "Há 3600 pedidos de empresas que foram apresentados até hoje", avançou, durante a apresentação de um sistema rápido de triagem relacionado com a Covid-19, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.
Ana Mendes Godinho disse ainda que a atual situação, devido à pandemia do novo coronavírus, exige um esforço do Orçamento do Estado mas também dos trabalhadores e das empresas, e apelou às empresas para que mantenham os trabalhadores.
Sublinhe-se que o 'lay-off' simplificado (que permite a redução temporária do período normal de trabalho ou a suspensão de contrato de trabalho) entrou em vigor na sexta-feira.
As empresas que aderirem podem suspender o contrato de trabalho ou reduzir o horário dos trabalhadores que, por sua vez, têm direito a receber dois terços da remuneração normal ilíquida, sendo 70% suportada pela Segurança Social e 30% pela empresa.
Ana Mendes Godinho, explanando outras iniciativas da sua pasta, falou ainda na campanha de testes de despiste da Covid-19 junto dos lares, garantindo que é uma iniciativa feita "de forma preventiva" para garantir que quaisquer casos de infeção "tenham resposta de isolamento" e, assim, "minimizar os riscos desta população que é mais frágil".