A paralisação temporária vai afetar sete linhas de produção de cinco de suas fábricas no Japão, todas direcionadas para o mercado externo, sendo que se estenderá, em princípio, até 15 de abril, revelou o construtor automóvel japonês em comunicado.
A interrupção, que também abrange as instalações da Toyota em Aichi (no centro do Japão), onde o gigante japonês tem a sua base de operações, vai implicar um corte na produção de cerca de 36.000 unidades.
A decisão tomada pelo maior fabricante automóvel japonês está alinhada com a decisão tomada pelos seus concorrentes Nissan, Mitsubishi, Honda e Suzuki, que interromperam parcial ou totalmente sua produção nacional.
Além disso, os principais fabricantes japoneses pararam a produção em diversas unidades fabris na América do Norte, Europa, Sudeste Asiático e na América Latina.
A indústria automóvel está a responder assim ao colapso da procura global, por causa da pandemia da covid-19, que também causou problemas na cadeia de abastecimento e impediu os trabalhadores de se mudarem para outras fábricas, em muitos casos.
Os fabricantes japoneses estão particularmente preocupados com a situação nos Estados Unidos, de onde importam cerca de um quinto de sua produção total.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 525 mil infetados e mais de 37 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.915 óbitos em 115.242 casos confirmados até quinta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 10.003, entre 110.238 casos de infeção confirmados, enquanto os Estados Unidos, com 6.058 mortos, são o que contabiliza mais infetados (245.573). Na quinta-feira registaram o número mais elevado de óbitos num só dia num país (1.169).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.620 casos (mais de 76 mil recuperados) e regista 3.322 mortes. As autoridades chinesas anunciaram hoje 29 novos casos, todos oriundos do exterior, e mais quatro mortes.
Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 4.503 mortes (59.105 casos), e Irão, com 3.160 mortes (50.468 casos).