Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT anunciaram hoje a desconvocação da reunião magna de acionistas, agendada para 21 de abril.
"Tendo em consideração as alterações significativas ao contexto de saúde pública no país e no mundo em virtude da pandemia covid-19, ocorridas após a convocatória divulgada em 16 de março último e a declaração e renovação de estado de emergência em Portugal, impondo medidas restritivas à circulação dos cidadãos", o vice-presidente da mesa da assembleia-geral (AG) dos CTT, Francisco Ramalho, anunciou a desconvocação da reunião magna.
A AG, que teria lugar na Fundação Portuguesa das Comunicações, foi desconvocada "a pedido do Conselho de Administração" dos CTT, "com vista à subsequente realização" da reunião magna "exclusivamente por meios telemáticos, (...) protegendo a saúde e bem-estar de todos os envolvidos na preparação, realização e participação" na mesma, refere o comunicado.
A nova data ficou agendada para 29 de abril, pelas 15:30, sendo realizada "por meios exclusivamente telemáticos", ou seja, com recurso aos meios de telecomunicações.
Ao todo, são 10 pontos na ordem de trabalhos, entre os quais a deliberação das contas de 2019 e a eleição dos membros do Conselho de Administração, incluindo os membros da Comissão de Auditoria, para o mandato 2020/2022.
Os CTT deixaram cair a proposta de distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2019.
"Dada a incerteza económica e a ainda pouca clara noção sobre a gravidade da crise da covid-19, e apesar da sólida posição do balanço de que a empresa dispõe atualmente, o Conselho de Administração considerou relevante, tanto para a empresa como para os seus 'stokeholders', reverter a sua intenção de propor à Assembleia Geral de Acionistas um dividendo de 0,11 por ação, anteriormente divulgada ao mercado", afirmam os Correios, num comunicado anterior à CMVM.