Alojamento e restauração com fatura mais pesada. 2% das empresas fecharam

Na semana passada, 82% das empresas estavam a funcionar, mesmo que de forma parcial, e 2% anunciaram o encerramento definitivo, por causa da pandemia da Covid-19.

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Beatriz Vasconcelos
14/04/2020 10:58 ‧ 14/04/2020 por Beatriz Vasconcelos

Economia

Covid-19.

O setor do alojamento e da restauração é o que está a ser mais penalizado pela pandemia da Covid-19, de acordo com os resultados do inquérito excecional às empresas, realizado pelo Banco de Portugal (BdP) em parceria com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Na semana passada, 82% das empresas estavam a funcionar, mesmo que de forma parcial, e 2% anunciaram o encerramento definitivo.

"A proporção de empresas encerradas (temporária e definitivamente) é maior quanto menor a dimensão. Por setor, a percentagem de empresas encerradas (temporariamente e definitivamente) é mais elevada no Alojamento e restauração. Destaque ainda para os setores do Comércio e Outros serviços, ambos com 2% de empresas encerradas definitivamente", pode ler-se no comunicado conjunto do INE e do BdP.

Os dados agora divulgados demonstram que no setor do alojamento e restauração, 38% das empresas mantêm-se em funcionamento, 55% encerraram temporariamente e 7% fecharam de forma definitiva. 

Notícias ao MinutoSituação das empresas por setor de atividade© Reprodução do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19

Este, sublinhe-se, foi o primeiro inquérito realizado pelas duas entidades junto das empresas, que visa avaliar o impacto da pandemia da Covid-19 na economia portuguesa.  

"Os resultados da primeira semana de inquirição (semana de 6 a 10 de abril de 2020), indicam que 82% das empresas se mantinham em produção ou em funcionamento, mesmo que parcialmente, 16% encontravam-se temporariamente encerradas, enquanto 2% assinalaram que tinham encerrado definitivamente", de acordo com as conclusões do inquérito. 

As empresas que fecharam definitivamente justificaram que as "restrições no contexto do estado de emergência e a ausência de encomendas/clientes" foram dois fatores com "muito impacto". 

Um outro dado relevante é que 37% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas reportaram uma redução superior a 50% do volume de negócios e 26% reportaram uma redução superior a 50% do número de pessoas ao serviço efetivamente a trabalhar.

E o impacto no volume de negócios?

Sobre o impacto da pandemia da Covid-19 no volume de negócios, 80% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas reportaram um impacto negativo, 5% um impacto positivo e 15% referiram não ter sentido qualquer impacto. Uma vez mais, o setor do Alojamento e restauração apresentou uma maior percentagem de empresas com redução no volume de negócios. 

Revela ainda o inquérito que quase "50% das empresas não tem condições para se manter em atividade por mais de dois meses sem medidas adicionais de apoio à liquidez". 

Este inquérito excecional foi dirigido a um conjunto alargado de empresas de micro, pequena, média e grande dimensão, representativas dos diversos setores de atividade económica e baseia-se num questionário de resposta rápida sobre o volume de negócios, o número de trabalhadores, a utilização de instrumentos de apoio públicos, as disponibilidades de liquidez, o recurso ao crédito e os preços praticados

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