O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, esteve reunido no sábado à noite com o comité técnico-científico e com especialistas económicos e sociais para analisar como devem enfrentar a "Fase 2", que prevê a reabertura gradual do país.
Neste momento, o executivo está a trabalhar num "programa nacional que permita uma retoma de boa parte das atividades produtivas em condições de segurança máxima", afirmou fonte do Governo em declarações à agência de notícias EFE.
Os planos incluem uma "gestão organizada e coordenada das atividades industriais, logísticas e de transportes" que terá em conta a curva epidemiológica.
Os italianos estão obrigados a permanecer em casa até 03 de maio, por decreto governamental, e fonte do executivo disse que não está prevista qualquer mudança até lá: "Os efeitos positivos da contenção do vírus e a mitigação do contágio começam a ver-se, mas não são suficientes para permitir um aligeirar das atuais obrigações", explicou.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, outros países também já começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como a Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
Nas redes sociais, o primeiro-ministro italiano avançou que estão a estudar a hipótese de abrir hospitais dedicados exclusivamente à covid-19 e a pensar recorrer a aplicações tecnológicas e testes para conter a pandemia e evitar eventuais picos no futuro.
A Itália é o segundo país do mundo com mais mortos provocados pela covid-19, com mais de 23 mil óbitos registados até ao momento, um número só ultrapassado pelos Estados Unidos (37.659).
Além disso, os últimos dados das autoridades italianas davam conta de mais de 175 mil infetados pela doença que é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.???????
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 157 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 502 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 687 pessoas das 19.685 registadas como infetadas.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.