O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, considera que o plano de recuperação da zona euro terá de ter um montante com "doze zeros", sendo que o acordo alcançado pelo Eurogrupo é "só o primeiro passo", adiantou o também ministro das Finanças português em entrevista ao Público.
Questionado sobre o pacote de ajuda do Eurogrupo, Centeno explica: "São doze zeros. As nossas calculadoras dos telemóveis não dão para introduzir esses números. Só calculadoras científicas conseguem lidar com doze zeros".
Sobre as divergências no Eurogrupo, Centeno admite que "ainda existem", mas sublinha que "antes de chegar a um consenso há sempre divergências".
Relativamente à à linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o presidente do Eurogrupo esclarece que esta é uma "rede de proteção, sem condicionalismos, sem troikas, sem programas de ajustamento, para que os Estados possam aceder a financiamento com custos equiparáveis entre todos", afirmou.