O ministro das Finanças, Mário Centeno, estará de saída da presidência do Eurogrupo, adianta esta sexta-feira o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung. A confirmar-se significa isto que Centeno não deverá renovar um segundo mandato à frente da instituição informal que reúne os ministros das Finanças da zona euro.
O atual mandato de Centeno, na liderança do Eurogrupo, termina em julho deste ano, sendo que a duração é de dois anos e meio, conforme relembra o mesmo jornal.
Um dos motivos apontados para a sua saída prende-se com o facto de Centeno estar cansado devido à "carga excessiva de trabalho", uma vez que o presidente do Eurogrupo também acumula funções como ministro das Finanças.
Ao que indica o jornal alemão, que cita informações que circulam em bastidores, Centeno terá decidido não se candidatar a um segundo mandato na presidência do orgão informal, que reúne os ministros das Finanças da zona euro.
Além disso, circula ainda a informação de que há ministros de vários Estados-membros que estão descontentes com a gestão que Centeno está a fazer no Eurogrupo. Um dos exemplos apontados é a reunião por videoconferência, no dia 8 de abril, que durou 16 horas e foi descrita como um "pesadelo".
O Eurogrupo volta a discutir esta sexta-feira, também por videoconferência, a resposta europeia à crise da covid-19, agora tendo já em sua posse as previsões macroeconómicas da Comissão, que antecipam uma contração recorde este ano na zona euro.
O jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung adianta ainda que não é certo se Centeno vai ou não notificar os seus congéneres da zona euro sobre a decisão de não se candidatar a um segundo mandato na liderança do Eurogrupo.
[Notícia atualizada às 10h47]