Sem comentar expressamente uma notícia hoje avançada pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, segundo o qual Centeno não vai candidatar-se a um segundo mandato como presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro, alegadamente pelo cansaço provocado pela carga excessiva de trabalho também decorrente da acumulação de pastas, o porta-voz do presidente do Eurogrupo recordou que o atual mandato termina apenas em 13 de julho e apontou que só mais perto dessa data deverá ser anunciada uma decisão.
Lembrando que "a decisão do Eurogrupo de eleger o seu presidente deve ser tomada, o mais tardar, na reunião de julho", o porta-voz indicou que Centeno "tomará e comunicará a sua decisão sobre a sua candidatura a um segundo mandato em devido tempo".
"Há muito trabalho a fazer neste momento e o Presidente do Eurogrupo está concentrado no seu trabalho que, como todos compreenderão, é extremamente exigente nestes tempos de crise", completou.
O 'tabu' em torno de uma eventual recandidatura de Centeno tem levado nos últimos meses a especulações sobre a sua continuidade ou não à frente do Eurogrupo, hoje reavivadas com um artigo do jornal alemão, que, sem nomear fontes, aponta que o ministro português já terá decidido não cumprir um segundo mandato e que vários ministros estão insatisfeitos com o seu trabalho à frente do fórum informal de ministros da zona euro.
Eleito em dezembro de 2017, Mário Centeno sucedeu ao holandês Jeroen Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo em janeiro de 2018, para um mandato de dois anos e meio, que expira assim em julho próximo.