"Em 14 de maio, as contribuições em falta ao orçamento operacional e ao orçamento para as operações de paz são, respetivamente, 1,63 mil milhões de dólares (cerca de 1,5 mil milhões de euros) e 2,14 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros)", disse o comunicado da missão chinesa na ONU, baseado num recente relatório do secretariado das Nações Unidas.
A China fez questão de mencionar no comunicado que "os Estados Unidos são o maior devedor", com mais de 1,16 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros), para o orçamento operacional, e com 1,33 mil milhões de dólares (cerca de 1,2 mil milhões de euros) para operações de paz.
Os Estados Unidos também são o maior contribuinte financeiro das Nações Unidas, pagando 22% do orçamento operacional anual (totalizando aproximadamente três mil milhões de euros) e 25% do orçamento anual para operações de paz (aproximadamente seis mil milhões de euros).
Formalmente, os Estados Unidos estão obrigados a pagar 27,89% desse orçamento, mas, em virtude de uma decisão do Congresso aplicada pelo Presidente Donald Trump, desde 2017, os EUA pagam apenas 25%, acumulando anualmente o equivalente a quase 200 milhões de euros em dívidas.
Os Estados Unidos também têm um ano fiscal de outubro a outubro, o que pode fazer com que pareçam devedores maiores do que realmente são, em determinadas épocas do ano.
A missão diplomática norte-americana na ONU ainda não reagiu a esta queixa da China.
O pagamento de contribuições dos países membros para operações de paz tem um impacto direto no reembolso devido pelas Nações Unidas aos países que contribuem com tropas com as suas 15 operações de paz no mundo.
No relatório apresentado no dia 11 de maio, o secretário-geral da ONU, António Guterres, referiu esperar atrasos significativos nos pagamentos para as missões.
Em 14 de maio, quase 50 dos 193 estados membros, incluindo a China, pagaram todas as suas contribuições às Nações Unidas, como refere o comunicado de Pequim
A China é o segundo maior contribuinte financeiro das Nações Unidas, muito atrás do Estados Unidos, pagando cerca de 12% do orçamento operacional e 15% do orçamento das operações de paz.