A gigante farmacêutica francesa Sanofi recuou esta terça-feira nas suas aparentes intenções de dar prioridade aos Estados Unidos no acesso a uma vacina para a Covid-19, avança a CNN.
Na semana passada, o CEO da Sanofi, Paul Hudson, disse numa entrevista à Bloomberg que “o governo dos Estados Unidos tem o direito à maior pré-encomenda porque está investido em enfrentar o risco”.
Uma afirmação que não caiu bem junto do governo francês. A secretária de Estado da Economia, Agnès Pannier-Runacher, referiu que seria “inaceitável a Sanofi reservar” a vacina que está a desenvolver para a Covid-19 “para um país ou para outro por razões financeiras”.
A Sanofi reagiu através de um comunicado na passada sexta-feira no qual indicava que as afirmações de Hudson tinham sido mal interpretadas.
Mas a sua cúpula não escapou a ser chamada ao Palácio do Eliseu. Esta terça-feira o CEO da Sanofi, Paul Hudson, o presidente da farmacêutica, Olivier Bogillot, e o chairman da administração, Serge Weinberg, estiveram reunidos com o presidente francês, Emmanuel Macron.
No final da reunião, foi a presidência francesa que confirmou o recuo da Sanofi na ideia de dar acesso prioritário aos Estados Unidos a uma vacina.
A Sanofi “confirmou ao presidente que partilha a abordagem de França ao acesso universal a uma vacina com o objetivo de torná-la um bem público global”.
Da parte da Sanofi não houve nenhuma reação após a reunião no Palácio do Eliseu.