A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) devido à decisão da empresa em passar a proceder ao pagamento do subsídio de almoço através do cartão refeição.
Na mesma nota, assinada pelo presidente da ANCEC, José Sá, a entidade salientou que "vai continuar de forma dedicada e com elevado compromisso, a trabalhar todos os dias para que o atendimento aos portugueses, em todo o país, continue a ser o seu contributo e o dos seus associados para o crescimento e desenvolvimento sustentado dos CTT".
A associação disse ainda que acreditava que os CTT saberão assumir, "como sempre, as suas responsabilidades perante os casos pontuais e que justificadamente mereçam essa análise".
No mesmo comunicado, a organização enalteceu "a capacidade de resposta dos profissionais do atendimento" da empresa "e do seu elevado brio profissional, dedicação e competência em nome do serviço prestado aos portugueses e considera que todos os esforços que visem a sustentabilidade dos CTT e a defesa do emprego dos seus trabalhadores são ações indispensáveis no atual contexto".
No dia 19 de maio, a Associação Nacional de Responsáveis de Distribuição (ANRED) dos CTT demarcou-se também da greve convocada para dia 29, na qual "não se revê" e que considera "lesiva dos interesses dos trabalhadores".
"É com enorme surpresa e um sentimento de incredibilidade que a ANRED encara a greve geral convocada por alguns dos sindicatos para o próximo dia 29 de maio, com o fundamento na decisão tomada pela empresa -- no que acreditamos ter por objetivo causar o menor impacto possível no conjunto dos seus trabalhadores -- de pagar o subsídio de refeição através do cartão refeição a todos aqueles que ainda não tenham optado por esse meio", afirmou a associação em comunicado.
Por sua vez, o SNTCT disse que os trabalhadores não aceitam a proposta de atribuição de um cartão de refeição como forma de pagamento do subsídio de alimentação, substituindo, assim, o pagamento no vencimento mensal por transferência bancária, como tem sido feito até ao momento.
Os trabalhadores dos CTT, sublinhou o SNTCT, querem continuar a usar a retribuição referente ao subsídio de refeição "conforme a sua vontade" ou local de preferência.
Os CTT lamentaram o motivo na base da greve e apelaram ao "sentido de responsabilidade" dos sindicatos.