Os dados revelados pelo Banco de Portugal, na segunda-feira, revelam uma redução sem precedentes nos pagamentos em abril, mas também dão conta de um aumento do número de cheques que foram passados sem cobertura.
"Pese embora o decréscimo na utilização dos cheques, aumentou a percentagem de cheques devolvidos por insuficiência de provisão: 0,48% em número e 0,41% em valor, o que compara com taxas significativamente mais baixas no período pré-pandemia (em fevereiro, 0,27% em número e 0,23% em valor)", pode ler-se no relatório do Banco de Portugal.
Em abril foram efetuados cerca de 1,2 milhões de pagamentos com cheques, no valor de 4,1 mil milhões de euros, o que corresponde a quebras de 44,9% em número e de 47,9% em valor relativamente a igual período do ano anterior.
"A redução drástica da atividade económica e a preferência dos agentes económicos pela utilização de instrumentos de pagamento que exijam um menor contacto físico contribuíram para estes números, que correspondem à quantidade e ao valor mais baixos registados, ao longo dos últimos 20 anos, nas operações com cheques", adianta o BdP.