O entendimento foi fechado hoje, numa reunião na cidade da Praia entre o Governo e os presidentes das câmaras municipais da ilha de Santiago -- que concentra cerca de metade da população do arquipélago -, tendo sido confirmada ao início da tarde pelo primeiro-ministro.
O "nosso principal interesse é a melhoria das condições de mobilização e distribuição da água, bem como a qualidade do mesmo para as pessoas. O acesso à água é um direito humano muito importante que o Estado deve assegurar à população, para que possa viver bem e desenvolver as suas atividades económicas", anunciou Ulisses Correia e Silva, numa mensagem divulgada após a reunião de hoje, que concluiu as negociações que estavam em curso entre o Governo e os nove municípios da ilha de Santiago.
De acordo com o primeiro-ministro, o Estado vai investir 770 milhões de escudos (sete milhões de euros) para passar a ter uma participação de 49% do capital social da AdS.
"Uma decisão acertada que vai aumentar os investimentos em redes de mobilização da água e da sua distribuição, mas também da mobilização de energia alternativa para fazer diminuir o preço da água, assim como melhorar a gestão da empresa e sua capacidade de resposta", justificou o chefe do Governo.
A empresa pública intermunicipal AdS foi criada oficialmente em maio de 2014, no âmbito da reforma do setor de água e saneamento promovida pelo governo de Cabo Verde em parceria com os municípios de Santiago e o MCC - Millennium Challenge Corporation, dos Estados Unidos da América.
Com sede na cidade de Assomada, município de Santa Catarina, a AdS tem como acionistas todos os municípios da ilha de Santiago, onde está localizada a Praia, capital cabo-verdiana.