Um porta-voz da rede elétrica nacional (National Grid), responsável pela produção e distribuição de energia elétrica, disse hoje à AFP que "o uso de carvão no sistema energético (britânico) não é esperado num futuro próximo".
A associação ambientalista Greenpeace saudou em comunicado o progresso no sentido de descarbonizar a economia britânica.
"O rápido declínio de um combustível tão poluente deve ser comemorado. Esta conquista parecia inimaginável há algum tempo" para um país com uma forte tradição no setor de carvão e mineração, mas "o Reino Unido aproveitou a oportunidade de se tornar líder mundial na saída do carvão", comentou.
Maio, em particular, foi "o mês mais verde de todos os tempos para o sistema elétrico do Reino Unido", com 28% de energia renovável no 'mix' de eletricidade, e "a maior parcela de sempre de energia solar", mais de 11%, referiu a National Grid na rede social Twitter.
O Reino Unido estabeleceu a meta de alcançar a neutralidade carbónica em 2050 e deixar de usar carvão para produzir eletricidade até 2025.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 406 mil mortos e infetou mais de 7,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial.