"Temos de reativar a economia para que possa voltar a gerar emprego"

O primeiro-ministro anunciou ainda a mobilização de 60 milhões de euros de fundos comunitários que vão ser utilizados para promover a criação de emprego e para obras nas escolas, no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social, que foi apresentado há cerca de duas semanas.

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Mafalda Tello Silva
23/06/2020 14:22 ‧ 23/06/2020 por Mafalda Tello Silva

Economia

António Costa

António Costa reagiu, esta terça-feira, ao aumento do número de desempregados em Portugal, após ter sido ontem revelado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 34% em maio face ao mesmo mês do ano anterior e 4,2% comparando com abril

"A pandemia da Covid-19 tem sido uma enorme ameaça para a saúde, mas tem tido também um efeito devastador no emprego", começou por realçar o primeiro-ministro numa sessão de lançamento do programa nacional de remoção do amianto nos estabelecimentos de ensino, que decorreu na Escola Secundária da Ramada, no município de Odivelas, distrito de Lisboa.

Sublinhando o trabalho realizado pelo Governo, nos últimos anos, para diminuir o desemprego no país, António Costa apontou que no espaço dos últimos dois meses "tivemos mais de 100 mil pessoas desempregadas" e que esta situação tem de ser combatida com a mesma força com que o país lutou contra o novo surto. 

"Esta é uma realidade que temos de responder com a mesma energia e determinação com que respondemos à pandemia. Temos de controlar o crescimento do desemprego e temos de reativar a economia para que possa voltar a gerar emprego", declarou. 

60 milhões de euros de fundos comunitários 

Para responder ao aumento do desemprego, o chefe do Governo lembrou que a criação  do Programa de Estabilização Económica e Social pretende também responder a esta matéria em particular. 

"Foi por isso que o Governo aprovou um programa de Estabilização Económica e Social que visa mobilizar recursos para daqui até ao final do ano podermos estabilizar a nossa situação económica, permitindo às empresas subsistir, proteger os empregos e proteger os rendimentos", reiterou, apontando ainda que um dos objetivos deste programa é lançar um conjunto de obras "que dinamizem economicamente a criação de emprego".

"O que nós quisemos fazer foi encontrar um conjunto de obras que podem ser realizadas descentralizadamente pelos municípios e que não mobilize cada uma delas verbas muito avultadas", sustentou, anunciando ainda que o programa mobilizará "60 milhões de euros de fundos comunitários que vão ser distribuídas por 568 escolas”.

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