De acordo com a ata da reunião de política monetária do BCE de 4 de junho, publicada hoje, alguns membros do conselho do BCE consideraram que era necessário ser mais cauteloso no programa de compra de dívida, porque havia sinais de que já se tinha batido no fundo e que o pior já tinha ficado para trás.
No entanto, havia um sentimento geral de que a não atuação nessa reunião poderia agravar ainda mais as condições financeiras e impedir a recuperação económica.
O conselho do BCE decidiu por larga maioria aumentar as suas compras de dívida de emergência devido à pandemia em 600 mil milhões de euros para 1,3 biliões de euros e prolongar as mesmas até ao final de junho de 2021.
Além disso, melhorou as condições para as operações de refinanciamento de longo prazo dos bancos.
O BCE decidiu aumentar os estímulos monetários porque as condições financeiras se agravaram, ou seja, as taxas de juro e outras condições de empréstimo foram aumentadas dos níveis anteriores à crise resultante da covid-19.
O BCE também teve em conta que houve uma "contração económica de magnitude sem precedentes" e a revisão em baixa das previsões de crescimento económico e da inflação.
O BCE também considerou que "os riscos de desinflação e mesmo de deflação aumentaram".
Por conseguinte, "todos os membros concordaram que era necessário fazer mais em matéria de política monetária".