"O SNPVAC afirma a sua enorme satisfação pela condenação, por parte da justiça portuguesa, da Crewlink no pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos tripulantes de cabine da Ryanair", indicou, em comunicado, o sindicato.
A estrutura já tinha defendido que o acórdão do Tribunal de Relação, que condenou a empresa de recrutamento da Ryanair, "era irrecorrível", no entanto, a Crewlink interpôs recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, que não foi admitido.
"Esta decisão é mais uma demonstração cabal de que a Ryanair terá que respeitar e cumprir a lei, bem como é a prova que a luta encetada pelo SNPVAC, graças à união e esforço dos seus associados, não foi em vão", considerou, citado no mesmo documento, Ricardo Penarroias da direção do sindicato.
Este responsável lamentou ainda que a empresa tenha pressionado os colaboradores a abdicarem, "com o objetivo de se autopatrocinar", dos seus direitos.
O SNPVAC garantiu que vai continuar a denunciar as "ilegalidades cometidas pela companhia irlandesa em Portugal", onde se incluem as recentes propostas de assinatura de acordos, através dos quais os tripulantes abdicam dos créditos laborais anteriores a 2018, o que, conforme estimou o sindicato, representa uma poupança de cerca de cinco milhões de euros à empresa.
"Esta é uma situação ilegal que violá a legislação laboral nacional, e que já resultou em diversas sentenças a favor dos tripulantes em ações semelhantes anteriormente levadas a tribunal", notou.