Covid-19: Empresas de eventos querem apoio ajustado à realidade do setor

A recém-criada Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) defendeu hoje medidas de apoio do Estado ajustadas à realidade do setor face à pandemia da covid-19.

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Lusa
29/06/2020 18:42 ‧ 29/06/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

"Precisamos de medidas que tenham em conta a realidade das nossas empresas", disse à agência Lusa o presidente da direção da APSTE, Pedro Magalhães.

O empresário lembrou que "o 'lay-off' vai terminar" e que as entidades governamentais "não reconhecem o setor", que ainda não dispõe, por exemplo, de um código de atividade económica (CAE) próprio.

Desde a sua criação, há cerca de três semanas, a nova organização já representa 170 associadas, o que equivale a "menos de 50% das empresas do setor" e cuja última faturação anual totalizava 140 milhões de euros, salientou.

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos divulgou hoje, em Viseu, as suas propostas para a revitalização do setor, numa sessão em que também intervieram o presidente da Câmara local, Almeida Henriques, o vereador da Cultura, Património e Turismo, Jorge Sobrado, e o músico Pedro Abrunhosa.

"Sem nós, os artistas não cantam. Pomos os políticos a falar e ajudamos de certo modo à sua eleição", exemplificou Pedro Magalhães, em declarações à Lusa.

Na sua opinião, as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar a retoma da atividade económica, no contexto da covid-19, "não são as melhores para o setor" representado na APSTE.

"Não queremos incentivos para não trabalhar", sublinhou.

A associação, após os primeiros órgãos sociais terem tomado posse, escreveu ao Governo, pedindo audiências ao ministro adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, ministra da Cultura, Graça Fonseca, e secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

"Estamos a aguardar que nos digam algo, gostaríamos de ser ouvidos", afirmou Pedro Magalhães.

O presidente da APSTE realçou que o conjunto das empresas que operam na área dos serviços técnicos para eventos contabiliza, atualmente, 1.400 trabalhadores com vínculo, além de assegurar emprego sazonal a mais 4.400 pessoas com diferentes estatutos ao nível laboral.

 

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