"Precisamos de medidas que tenham em conta a realidade das nossas empresas", disse à agência Lusa o presidente da direção da APSTE, Pedro Magalhães.
O empresário lembrou que "o 'lay-off' vai terminar" e que as entidades governamentais "não reconhecem o setor", que ainda não dispõe, por exemplo, de um código de atividade económica (CAE) próprio.
Desde a sua criação, há cerca de três semanas, a nova organização já representa 170 associadas, o que equivale a "menos de 50% das empresas do setor" e cuja última faturação anual totalizava 140 milhões de euros, salientou.
A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos divulgou hoje, em Viseu, as suas propostas para a revitalização do setor, numa sessão em que também intervieram o presidente da Câmara local, Almeida Henriques, o vereador da Cultura, Património e Turismo, Jorge Sobrado, e o músico Pedro Abrunhosa.
"Sem nós, os artistas não cantam. Pomos os políticos a falar e ajudamos de certo modo à sua eleição", exemplificou Pedro Magalhães, em declarações à Lusa.
Na sua opinião, as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar a retoma da atividade económica, no contexto da covid-19, "não são as melhores para o setor" representado na APSTE.
"Não queremos incentivos para não trabalhar", sublinhou.
A associação, após os primeiros órgãos sociais terem tomado posse, escreveu ao Governo, pedindo audiências ao ministro adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, ministra da Cultura, Graça Fonseca, e secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.
"Estamos a aguardar que nos digam algo, gostaríamos de ser ouvidos", afirmou Pedro Magalhães.
O presidente da APSTE realçou que o conjunto das empresas que operam na área dos serviços técnicos para eventos contabiliza, atualmente, 1.400 trabalhadores com vínculo, além de assegurar emprego sazonal a mais 4.400 pessoas com diferentes estatutos ao nível laboral.