Segundo a agência France-Presse, a companhia concluiu, paralelamente, um acordo para a sua compra pelos atuais acionistas, os fundos norte-americano TPG e o chinês Fosun, bem como a Caisse de Dépôt et Placement du Québec, com vista ao seu leilão, indicou num comunicado.
O pedido de proteção contra credores deve ser avaliado na terça-feira pelo Tribunal Superior do Quebeque. Se foi aprovado, a empresa pedirá de imediato o reconhecimento provisório imediato nos Estados Unidos, de acordo com o Capítulo 15.º da Lei de Falências dos Estados Unidos.
"Isto permite que as pessoas que desejam assumir a empresa possam avançar", explicou Daniel Lamarre, administrador executivo do Grupo Cirque du Soleil, acrescentando que entre cinco e seis grupos empresariais estão interessados.
"Ao mesmo tempo, os nossos atuais acionistas, com a ajuda da Investissement Québec", uma extensão do governo estadual do Quebeque, podem apresentar uma proposta para a compra, disse.
"Por isso, posso garantir o futuro do Cirque hoje, porque eles [os acionistas] se comprometeram a reinvestir 300 milhões de dólares norte-americanos [cerca de 265 milhões de euros] para garantir a sobrevivência da empresa", afirmou.
Este contrato concluído com o TPG e o Fosun, bem como a Caisse de Dépôt et Placement du Québec, prevê a aquisição de quase todos os ativos do Grupo Cirque du Soleil em dinheiro e por dívida.
Também planeia criar dois fundos no total de 20 milhões de dólares norte-americanos para fornecer assistência adicional aos funcionários afetados pela pandemia e aos empresários independentes do circo.
O Cirque anunciou a demissão de cerca de 3.480 funcionários, em março, com o cancelamento de cerca de 40 apresentações em todo o mundo.
"O contrato de compra estabelece o preço mínimo, ou a oferta mínima aceitável, para um leilão da empresa sob a supervisão do Tribunal, no processo de solicitação de vendas e investimentos, destinado a valorizar a maior oferta possível ou a melhor oferta para o Cirque e seus acionistas", adiantou a empresa.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 502 mil mortos e infetou mais de 10,20 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.