"No total, as quebras de venda médias foram de 42,8%, sendo que as lojas de rua reportaram perdas de 40,3% face ao período homólogo, e as lojas em centros comerciais venderam menos 43,7%", lê-se no comunicado da AMRR, que analisou os dados recolhidos em mais de 2.200 lojas suas associadas para a semana de 22 a 28 de junho.
Segundo a associação, desde a reabertura dos espaços comerciais de maior dimensão, em 1 de junho, "as perdas de vendas dos lojistas têm vindo a agravar-se", referindo que as perdas dos lojistas de rua passaram de 37,2% na primeira semana de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, para os 40,3% na semana passada.
Já os lojistas dos centros comerciais reportaram perdas de 40,6% na primeira semana do mês e, na semana passada, de 43,7%.
Segundo a AMRR, Lisboa tem sido o distrito com perdas mais acentuadas, com os lojistas a reportarem quedas de 40,1% na primeira semana de reabertura, face ao período homólogo, e quedas de 44,5% na semana passada.
Citado em comunicado, o presidente da Associação de Marcas de Retalho e Restauração, Miguel Pina Martins, considerou que "os lojistas têm vindo a arcar com todas as consequências desde o início desta crise, seja pelas portas fechadas durante três meses, seja pela obrigação do pagamento de rendas durante esse período e agora com as enormes perdas de faturação".
O responsável elogiou a proposta de alteração do PCP à proposta de Orçamento Suplementar, considerando que tenta "equilibrar esta questão das rendas ao apresentar a sua posição concreta na defesa de um maior equilíbrio do esforço efetuado pelos lojistas e proprietários de espaços comerciais".
A proposta do PCP prevê a criação de um regime excecional que permita que os lojistas dos centros comerciais paguem apenas a componente variável das rendas até março de 2021.