A partir de novembro deste ano, vai ser mais fácil ver o seu carro a ser reprovado numa inspeção periódica, sobretudo, se não tiver o veículo limpo.
De acordo com uma deliberação do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) publicada em Diário da República, esta sexta-feira, "sempre que as condições de limpeza prejudiquem as observações durante a inspeção, o veículo deve ser reprovado e o inspetor deve descrever na ficha de inspeção a não realização dos ensaios e verificações correspondentes à inspeção por não existirem condições de limpeza".
Contudo, a avaliação das condições de limpeza de uma viatura não são uma questão nova no que diz respeito às inspeções. Segundo a legislação de 2012, já estava previsto que os carros devessem "ser apresentados à inspeção em condições normais de circulação e em perfeito estado de limpeza a fim de permitir a realização de todas as observações e verificações exigidas". Ainda assim, este novo diploma - que entra em vigor no dia 1 de novembro de 2020 - vem esclarecer qualquer ambiguidade que esta Lei pudesse sugerir.
No que diz respeito à lavagem de estrada ou de motor, que também sempre foi aconselhada antes da inspeção, agora é obrigatória, tal como é obrigatório aos inspetores serem mais rigorosos na avaliação do estado dos travões, direção, vidros e faróis, eixos, rodas e pneus e as emissões de gases.
Ainda sobre as emissões de gases, nos carros a diesel, caso seja detetado um software de origem que falseie os números referentes à poluição, os veículos serão automaticamente chumbados pelos inspetores.
Estas 26 novas medidas aprovadas pelo IMT tem como objetivo dar resposta às "inovações tecnológicas desenvolvidas pela indústria automóvel e a inerente necessidade de atualização dos métodos e procedimentos de inspeção aplicáveis".