Plano de recuperação económica no Reino Unido inclui medidas ecológicas

O ministro das Finanças, Rishi Sunak, apresenta na quarta-feira um plano de recuperação económica pós-pandemia, que inclui um investimento de 3 mil milhões de libras (3,3 bilhões de euros) em medidas para aumentar o emprego e proteger o ambiente.

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© Reuters

Lusa
07/07/2020 12:43 ‧ 07/07/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

De acordo com um comunicado publicado hoje, 2 mil milhões de libras (2,2 mil milhões de euros) serão investidos na remodelação e isolamento térmico de residências privadas e o restante em edifícios públicos, incluindo escolas, hospitais e habitações sociais.

O objetivo é promover a "criação de milhares de empregos em setores como a construção" para tornar o país "mais verde e ajudá-lo a atingir seus objetivos de neutralidade carbónica em 2050", acrescenta o ministério das Finanças. 

Outra das medidas que Sunak deverá anunciar é um pacote de 111 milhões de libras (123 milhões de euros) para incentivar as empresas a oferecer estágios profissionais a jovens, o que equivale a mil libras (1,1 mil euros) por estagiário.

A associação ecológica Greenpeace considerou as medidas pouco ambiciosas, lembrando que "o governo alemão está a injetar 36 mil milhões de libras (40 mil milhões de euros) para combater as alterações climáticas, enquanto que a França colocou 13,5 mil milhões de libras (15 mil milhões de euros) na mesa".

Um estudo da organização independente Resolution Foundation instou hoje o governo a injetar mais de 200 mil milhões de libras (222 mil milhões de euros) na economia para "garantir" a recuperação do Reino Unido do impacto da pandemia devido à ameaça de uma recessão global profunda.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu mais de 25% em março e abril e o Fundo Monetário Internacional prevê que a economia britânica contraia 10,2% este ano.

Em particular, a Resolution Foundation recomenda gastar 17 mil milhões de libras (19 mil milhões de euros) por ano na expansão do desemprego parcial e no aumento do emprego dos jovens.

"As medidas que o chanceler [ministro das Finanças] deve anunciar no seu míni orçamento devem ser amplas o suficiente, tendo em vista a crise que estamos a atravessar, e ter como alvo os setores que precisam de maior apoio", afirmou James Smith, diretor da organização.

 

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