Highline vai negociar venda das operações de telemóveis da brasileira Oi

O grupo brasileiro Oi assinou um acordo de exclusividade com a Highline para negociar a venda das suas operações de telemóveis após a apresentação da maior oferta para o negócio, em processo de insolvência desde 2016.

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Lusa
23/07/2020 15:36 ‧ 23/07/2020 por Lusa

Economia

Highline

 

A Highline Brasil, controlada pela empresa norte-americana Digital Colony, ofereceu mais de 2.935 milhões de dólares (cerca de 2.534 milhões de euros), o mínimo exigido pela Oi, informou a empresa brasileira numa declaração divulgada na quarta-feira à noite, após o fecho do mercado.

"A empresa concedeu à Highline a exclusividade para negociar os documentos e anexos relacionados com a oferta, em conformidade com os termos e condições do acordo e mantendo os termos económicos da proposta vinculativa apresentada", segundo a nota.

Com o acordo de exclusividade - que estará em vigor até 03 de agosto, com a possibilidade de prorrogação - a segurança e a rapidez das negociações entre as partes estão garantidas.

Também concede à Highline Brasil o direito de cobrir outras propostas recebidas durante o litígio.

A Highline já tinha feito esta semana uma proposta para comprar a unidade torre da Oi, outro ativo à venda, por cerca de 210 milhões de dólares (perto de 181 milhões de euros).

No fim de semana, a Telefonica Espanha, através da sua filial no Brasil, apresentou uma oferta vinculativa para adquirir, juntamente com a Telecom Itália (TIM) e a Claro (México), o negócio móvel do Grupo Oi.

Ao ser apresentado como o primeiro licitante, isso garantiu-lhe o direito de igualar a melhor oferta de compra para o negócio móvel da Oi.

A proposta conjunta surgiu um mês após a Oi ter indicado o preço mínimo dos seus ativos da rede móvel para os vender ao licitante que apresentasse a oferta mais alta.

A Telefonica Brasil, que opera no país sul-americano através da marca Vivo, é a líder do mercado móvel brasileiro, com uma quota de quase 33%,

A Oi tem uma quota de mercado no negócio móvel brasileiro de 16,2%.

A empresa pediu a falência no Brasil em 2016 para continuar a funcionar e desde então tem procurado reorganizar com os seus credores o pagamento de dívidas no valor 12.720 milhões de dólares (10.984 milhões de euros).

No âmbito do plano de reestruturação a que se comprometeu, a Oi pretende concentrar-se no negócio das fibras óticas e nos de maior valor acrescentado.

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