De acordo com a síntese divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), o saldo global do subsetor da Segurança Social caiu de 2.141,5 milhões de euros em junho de 2019 para 352,2 milhões de euros em junho deste ano.
Em comunicado, o gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, sublinha que o saldo "representa uma quebra face ao período homólogo a nível da receita e um aumento da despesa, como consequência das medidas adotadas no contexto da atual situação de pandemia que se vive em Portugal".
A Segurança Social registou uma redução da receita efetiva de 217,7 milhões de euros (menos 1,5% face ao período homólogo) e um aumento da despesa efetiva de 1.571,6 milhões de euros (mais 13,1% face ao período homólogo), destaca o gabinete da ministra.
"A receita efetiva cifrou-se em 13.955,3 milhões de euros e a despesa efetiva atingiu o montante de 13.603,1 milhões de euros", continua a tutela.
De acordo com o ministério, a queda da receita deve-se sobretudo à redução de 2,3% das contribuições e quotizações (menos 195,6 milhões de euros) e à diminuição das transferências correntes da Administração Central em 68,7 milhões de euros.
Já o aumento da despesa "resultou essencialmente dos efeitos conjugados das medidas extraordinárias no âmbito da covid-19 (que representam um acréscimo de despesa de 875,8 milhões de euros)", do aumento da despesa com pensões e com prestações de desemprego, entre outras prestações.
De acordo com a DGO, a despesa com prestações de desemprego aumentou 18,7% para 723,8 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado.
A despesa com o subsídio e complemento por doença registou um aumento homólogo de 13% para 641,9 euros.
O Ministério de Ana Mendes Godinho destaca ainda a subida da despesa com o abono de família em 3,2% (mais 12,4 milhões de euros) face a junho do ano passado.