Sem o lay-off, 77% das empresas teriam reduzido o número de funcionários

Na primeira quinzena de julho, entre 23% a 31% das empresas que responderam ao inquérito assumiram já ter beneficiado das medidas de apoio governamentais, incluindo o lay-off simplificado. Sem este instrumento, o número de despedimentos poderia ser mais elevado.

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Beatriz Vasconcelos
29/07/2020 14:55 ‧ 29/07/2020 por Beatriz Vasconcelos

Economia

lay-off

A maioria das empresas teria reduzido o número de trabalhadores sem o lay-off simplificado - o instrumento do Governo para ajudar na manutenção dos postos de trabalho -, de acordo com o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal (BdP), esta quarta-feira. 

"Às empresas que beneficiaram do lay-off simplificado, foi questionado quanto teria variado o emprego na ausência de recurso à medida. 77% das empresas teriam diminuído o número de pessoas empregadas desde o início da pandemia na ausência do recurso ao lay-off, o que compara com 30% das empresas que reportaram redução efetiva do emprego nesse período", pode ler-se no relatório

Ainda dentro deste tema, quando questionadas sobre as novas medidas de apoio ao emprego, "38% das empresas pretendem recorrer ao incentivo extraordinário à normalização da atividade na sequência do termo do lay-off simplificado em agosto, enquanto 30% deverão optar por manter o recurso ao lay-off simplificado ou recorrer ao apoio à retoma progressiva", de acordo com o inquérito. 

Na primeira quinzena de julho, entre 23% a 31% das empresas que responderam ao inquérito assumiram já ter beneficiado das medidas de apoio governamentais, incluindo o lay-off simplificado.

O relatório revela também que na mesma quinzena já 99% das empresas estavam em funcionamento. Além disso, a "situação de liquidez das empresas melhorou face a abril".

"Na primeira quinzena de julho, 59% das empresas referiram conseguir manter-se em atividade por um período superior a seis meses sem medidas adicionais de apoio à liquidez (compara com 26% em abril). Apenas 15% referiu não ter condições para se manter em atividade por mais de dois meses (47% na semana de 20 a 24 abril)", pode ler-se. 

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