Insolvência da têxtil Azincon deixa 150 pessoas no desemprego

A Comissão Concelhia do PCP de Vila do Conde, distrito do Porto, denunciou hoje que cerca de 150 trabalhadores da têxtil Azincon ficaram no desemprego, depois de empresa ter apresentado um pedido de insolvência.

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Lusa
20/08/2020 11:14 ‧ 20/08/2020 por Lusa

Economia

Vila do Conde

Segundo o partido, a maioria dos trabalhadores da empresa Azincon eram mulheres e já tinham passado por uma situação de 'lay-off' simplificado, entre março e abril, devido às contingências da pandemia de covid-19.

"Depois de terem sido forçadas a férias até 17 de agosto, os trabalhadores começaram a receber cartas de despedimento, na semana passada, tendo assim conhecimento que a insolvência teria sido declarada", refere o PCP, em comunicado.

Segundo os comunistas de Vila do Conde, "ficaram por liquidar os salários de julho e agosto e as respetivas indemnizações, e não foram, até à data, entregues aos trabalhadores os documentos para acesso ao subsídio de desemprego".

O PCP de Vila do Conde apontou, ainda, que a empresa local "procurou livrar-se de material e máquinas nos meses anteriores a este encerramento".

"Enquanto as trabalhadoras gozavam férias, foram vistos camiões junto da empresa. Fica a dúvida se estariam a retirar máquinas, matérias primas e mercadorias, transferindo para outros locais e lesando assim a empresa no seu património, bem como aos trabalhadores", denunciaram os comunistas, no mesmo comunicado.

O PCP considerou "inaceitável que uma empresa com enorme potencial de produção, viável e com 150 trabalhadores tenha o descaramento de encerrar", garantindo que irá questionará o Governo sobre esta situação através das deputadas do partido eleitas pelo círculo do Porto.

"Lamenta o PCP que a Azincon procure afastar-se de culpas, tendo recorrido ao 'lay-off' e recebido apoios para depois encerrar, desculpando-se ainda que não tinha como fazer turnos desfasados que permitissem o afastamento físico. Procurou ainda responsabilizar as trabalhadoras pela situação, nomeadamente aquelas que gozaram do direito legal à assistência a filho menor de 12 anos", pode ler-se no mesmo texto enviado pelo partido.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter uma reação da empresa.

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