O Governo decidiu, esta quinta-feira, em sede de Conselho de Ministros, aplicar o desfasamento de horários de entrada e saída nos locais de trabalho nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, de modo a evitar ajuntamentos.
A medida aplica-se às Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, que "merecem especial atenção", sendo que prevê que as empresas apliquem "horário em espelho", de forma a "reduzir ao máximo os movimentos pendulares".
Ainda assim, Costa sublinhou que esta medida "depende de empresa para empresa", devendo ser definida de forma adaptada à realidade de cada local de trabalho. Vai ainda ser discutida com os parceiros sociais.
"Relativamente às Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, é necessário fazer um esforço acrescido para evitar a concentração de pessoas, quer nos transportes públicos, quer nos locais de trabalho", afirmou António Costa, recordando que o risco de incidência da covid-19 é mais elevado nestas duas áreas metropolitanas, "por terem maior densidade populacional".
Em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, o primeiro-ministro anunciou que se vão manter para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto as medidas previstas em matéria de teletrabalho.
Além disso, o Governo aprovou, na generalidade, "para consulta pelos parceiros sociais, um conjunto de medidas que visam a organização do trabalho em espelho", com escalas de rotatividade entre teletrabalho e trabalho presencial.
"Assegurar o desfasamento horário, quer das entradas e das saídas, quer das pausas e das refeições" é outra das medidas a implementar nas Áreas Metropolitanas, indicou António Costa.
A partir de terça-feira, todo o território de Portugal continental vai passar a estar em situação de contingência devido à pandemia de covid-19, com os ajuntamentos limitados a 10 pessoas.
Esta é uma das várias medidas previstas para o Estado de Contingência, que entra em vigor a partir do próximo dia 15 de setembro.