O turismo interno continuou em julho a sustentar a recuperação da atividade turística em Portugal, com as quebras homólogas de hóspedes e dormidas a abrandarem para -64,0% e -68,1%, respetivamente, divulgou hoje o INE.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em julho o setor do alojamento turístico (hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação) registou 1,0 milhão de hóspedes (-64,0%) e 2,6 milhões de dormidas (-68,1%), recuperando face às quebras de 82,4% e 85,5%, respetivamente, registadas em junho.
As dormidas de residentes caíram 30,8% face ao mesmo mês de 2019 (-59,4% em junho), muito abaixo da quebra de 84,5% das dormidas de não residentes (-96,7% no mês anterior), refere o INE.
Os dados do INE apontam que, em julho, 27,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (48,1% em julho de 2020).
Os proveitos totais do setor diminuíram 70,5% (-88,6% em junho) face a julho de 2019, fixando-se em 157,9 milhões de euros.
Já os proveitos de aposento atingiram 123,7 milhões de euros, diminuindo 70,5% (-88,2% no mês anterior).
Em julho, as dormidas na hotelaria (75,9% do total) diminuíram 70,4%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 16,0% do total) decresceram 65,5% e no turismo rural e de habitação (quota de 8,1%) recuaram 22,7%.
As dormidas em 'hostels' registaram uma diminuição de 73,2%, representando 17,3% das dormidas em alojamento local e 2,8% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.
Em julho continuou a registar-se uma recuperação das dormidas de residentes, com o mercado interno (peso de 66,2%) a contribuir com 1,7 milhões de dormidas, o que representou um decréscimo homólogo de 30,8% (-59,% em junho).
Já as dormidas dos mercados externos diminuíram 84,5% (-96,7% no mês anterior) e atingiram 889,2 mil.
No conjunto dos primeiros sete meses do ano, as dormidas totais recuaram 66,4%, devido a variações negativas de 48,1% nos residentes e de 73,9% nos não residentes.
De acordo com o INE, a totalidade dos 16 principais mercados emissores de turistas para Portugal registaram decréscimos superiores a 65% em julho, com as maiores quedas a registarem-se nos mercados canadiano, chinês (ambos com -96,0%), norte-americano (-95,6%) e dinamarquês (-94,5%), enquanto os mercados suíço (-67,6%), belga (-71,9%) e espanhol (-72,1%) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos.
Desde o início do ano, todos os principais mercados recuaram, com destaque para os mercados irlandês (-88,0%), norte-americano (-81,3%) e britânico (-78,4%).
No mês em análise, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, tendo as menores diminuições ocorrido no Alentejo (-26,2%) e Centro (-49,6%) e as maiores reduções acontecido na Madeira (-86,9%), nos Açores (-84,7%) e na Área Metropolitana de Lisboa (-82,5%).
O Algarve concentrou 39,1% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,8%) e o Centro (14,9%).
No conjunto dos primeiros sete meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições foram o Alentejo (-46,2%), Centro (-58,9%) e Norte (-61,5%).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 25,9 euros em julho, o que corresponde a um decréscimo de 63,0% (-78,8% em junho).
Quanto à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,56 noites), reduziu-se 11,3% (-17,6% em junho), sendo que a estada média dos residentes aumentou 1,6% e a dos não residentes diminuiu 6,6%.
Em julho, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico foi de 24,2%, menos 35,7 pontos percentuais do que no mesmo mês do ano passado (-40,7 pontos percentuais em junho).
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