Consumo de combustíveis em "recuperação lenta" sobe 2,7%

O consumo de combustíveis aumentou 2,69% em agosto face a julho, evidenciando "alguma recuperação, mas ainda lenta", face às "quedas abruptas" entre março e maio devido à pandemia, divulgou hoje a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).

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Lusa
24/09/2020 12:39 ‧ 24/09/2020 por Lusa

Economia

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"O total de introduções ao consumo [registos efetuados, para efeitos fiscais, pelos comercializadores grossistas de combustível] registou uma subida em agosto face ao mês anterior de 15.658 toneladas (+2,69%), apesar de continuar uma descida homóloga negativa de 22,98% face ao mesmo período do ano anterior", refere a ENSE em comunicado.

Segundo diz, estes dados revelam "alguma recuperação, mas ainda lenta, depois das quebras abruptas registadas entre março e maio devido aos confinamentos provocados pela crise pandémica".

No que diz respeito à gasolina (categoria A), registou em agosto uma subida de 7.276 toneladas (+8,29%) face ao mês anterior, mas uma redução homóloga de 14,49%.

"Já no que diz respeito ao gasóleo de aviação (Jet), registou-se uma subida face ao mês anterior de 20 467 toneladas (+50,43%), mostrando uma recuperação gradual, mas constante, no setor da aviação, apesar de continuar a registar-se uma descida homóloga de 61,27% face ao mesmo período de 2019", avança.

Nos restantes gasóleos, o consumo recuou 1,71% em agosto face a julho (-6.939 toneladas) e caiu 11,45% em termos homólogos.

Na categoria C (GPL e Fuel) registou-se uma descida de 5.147 toneladas (-10,63%) relativamente a julho e uma diminuição homóloga de 24,95% face a agosto de 2019.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal morreram 1.928 pessoas dos 70.465 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

Para Portugal, a Comissão Europeia prevê que a economia recue 9,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, uma contração acima da anterior projeção de 6,8% e da estimada pelo Governo português, de 6,9%.

O Governo prevê que a economia cresça 4,3% em 2021, enquanto Bruxelas antecipa um crescimento mais otimista, de 6%, acima do que previa na primavera (5,8%).

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