Ministro do Ambiente defende projetos partilhados entre países da CPLP
O Ministro do Ambiente de Portugal defendeu a criação de um sistema de indicadores entre os estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que lhes permita estruturar projetos partilhados no domínio do combate às alterações climáticas.
© Global Imagens
Economia Alterações Climáticas
"Se estes Estados da [da CPLP] trabalharem em conjunto com o objetivo de ter um sistema de indicadores que seja partilhável ente todos, estou mesmo convencido que vamos conseguir estruturar também projetos que podemos partilhar no domínio do combate às alterações climáticas", afirmou, quarta-feira, João Pedro Matos Fernandes.
O ministro falava na sessão de encerramento de um ciclo de 23 conferências, promovido pelo Fórum da Energia e Clima, sobre soluções para a crise climática, que decorreu esta quarta-feira, ao final da noite, em ambiente virtual.
O responsável do Governo pela pasta do Ambiente sublinhou que "ser neutro em carbono significa gerar riqueza, gerar bem estar, gear emprego qualificado" e considerou que "já é isso que acontece hoje em Portugal, apontando o ano de 2019 como simbólico.
"Foi o ano em que a economia portuguesa cresceu acima da média europeia e a União Europeia reduziu as suas emissões em 4% e Portugal em 8,5%", referiu.
Porque "estamos a falar de investimentos, não estamos a falar de regredir, de perder conforto, estamos a falar de uma nova forma de produzir, de uma nova forma de consumir, em novas habitações, ou recuperando as que existem, sendo estas agora mais eficientes do ponto de vista energético e neutras em carbono", explicou.
Matos Fernandes manifestou ainda a disponibilidade de Portugal colaborar com todos os países ali presentes.
Assim, e segundo o ministro, Portugal tem "um compromisso amigo e querido com todos os países da CPLP" com os quais tem trabalhado.
João Pedro Matos Fernandes realçou contudo que "nunca será Portugal a dizer à Guiné-Bissau, Cabo Verde ou São Tomé, ou outros o que é que precisam", a decisão de propor projetos é sempre dos países.
Porém, lembrou que Portugal, não só está disponível para colaborar, como pode fazê-lo, desde os sistemas mais primários, como os de abastecimento de água ou de tratamento de resíduos, até às matérias mais "sofisticadas", como a reindustrialização, agora com baixo carbono, a exploração de gases renováveis, como o hidrogénio verde, construção e exploração de um conjunto de sistemas dentro do próprio sistema eletroprodutor e a mobilidade elétrica.
Na sessão de encerramento de um ciclo de 23 conferências sobre soluções para a crise climática, que decorreu esta quarta-feira ao final da noite num ambiente virtual, o Fórum da Energia e Clima, entidade responsável pela iniciativa, juntou ministros do Ambiente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para uma conversa, transmitida em direto nas redes sociais.
Para o presidente do Fórum da Energia e Clima, Ricardo Campos, as "crises globais precisam de respostas globais e a frente lusófona pode ter um papel determinante, uma vez que representa 270 milhões de pessoas, com países muito diferentes e com necessidades também diferentes".
Assim, promover uma conversa em torno das Crises Globais e dar voz ao "espaço de amizade e cooperação" da CPLP é o principal objetivo do fórum, considerou.
A conversa entre os nove ministros do Ambiente da CPLP, não só foi transmitida em direto nas redes sociais (Facebook, Instagram e Youtube) como em alguns canais de televisão nacionais.
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