A taxa de emprego na UE recuou também face aos 73,3% do segundo trimestre de 2019.
O número de horas efetivas trabalhadas sofreu uma quebra abrupta na UE, e que o Eurostat explica com a pandemia da covid-19, de 11,2% face ao trimestre anterior e de 14,9% na comparação com o período homólogo, com Portugal a apresentar a segunda maior quebra em cadeia (-23,3%), depois da Espanha (-25,6%) e seguido da Grécia (-21,0%), da Irlanda (-20,7%) e de Chipre (-20,4%).
Num boletim hoje divulgado sobre o mercado de trabalho na UE entre abril e junho, o gabinete estatístico europeu salienta ainda que, nesse período, a subutilização da mão-de-obra chegou aos 14,0% da população ativa, face aos 12,8% do primeiro trimestre -- a maior subida desde o arranque da série temporal, em 2008 -- e aos 12,6% homólogos.
Na comparação trimestral, a taxa de emprego recuou em 26 Estados-membros exceto no Luxemburgo (0,6 pontos), com as maiores quebras a serem observadas na Estónia (-3,3 pontos), na Eslovénia (-2,2 pontos) e em Espanha (-2,2 pontos).
Em Portugal, recuou 1,8 pontos, de 75,5% no primeiro trimestre para os 73,7% no segundo.
A subutilização da mão-de-obra, por seu lado, avançou também em 26 Estados-membros, tendo recuado na Letónia (-0,6 pontos).
Os maiores crescimentos percentuais neste indicador registaram-se na Irlanda (3,4 pontos), Itália e Áustria (2,6 pontos cada) e em Espanha (2,4 pontos).
Em Portugal, avançou 1,3 pontos de 12,4% nos primeiros três meses do ano para os 13,7% no segundo trimestre.
No segundo trimestre de 2020, estavam empregadas 187,3 milhões de pessoas na UE mas a subutilização da mão-de-obra atingiu 29,6 milhões, com o desemprego a fixar-se nos 6,5% (13,1 milhões de pessoas), face aos 6,3% dos primeiros três meses do ano e estável na comparação homóloga.