"O investimento que nós prevemos [para os próximos cinco anos], de capital definido, é de cerca de 1,6 mil milhões de dólares", declarou António Nhassengo, diretor do Gabinete Estratégico e Desempenho da EDM.
António Nhassengo falava à comunicação social em Maputo, momentos após a apresentação do plano de negócios da empresa para os próximos cinco anos.
Entre outros objetivos, no plano da EDM para os próximos cinco anos, o destaque vai para a expansão da rede elétrica, tendo em conta que do total de 416 sedes de postos administrativos do país, 135 ainda não têm energia elétrica.
Apesar das projeções, segundo António Nhassengo, a situação da empresa "não é boa" e é necessário aumentar a tarifa de energia para reverter o cenário.
"Nós vamos continuar com resultados negativos se não houver aumento tarifário que nós prevemos para o exercício 2020-2024, que é de 10 %", declarou António Nhassengo.
Por outro lado, a EDM pede a redução da base de incidência do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) nas requisições de energia , argumentando que a empresa faz um desconto de 62% quando vende a energia a clientes, mas paga 100% quando a compra aos produtores.
Em junho, a empresa pública alertou que iria perder 13 milhões de euros com a redução da tarifa para as famílias mais desfavorecidas e pequenas e médias empresas, no âmbito das medidas adotadas pelo Governo para fazer face ao impacto da pandemia da covid-19.