Governo estima gastar 186 milhões no hidrogénio e gases renováveis

O Governo estima gastar 186 milhões de euros em investimentos na área do hidrogénio e gases renováveis, de acordo com o esboço do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) entregue hoje em Bruxelas.

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Lusa
15/10/2020 16:30 ‧ 15/10/2020 por Lusa

Economia

hidrogénio

Segundo o primeiro esboço do PRR hoje entregue em Bruxelas pelo primeiro-ministro, António Costa, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao qual a agência Lusa teve acesso, o Governo prevê gastar 186 milhões de euros em investimentos em hidrogénio e gases renováveis, no âmbito da Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2).

Estão ainda previstos 69 milhões de euros para a "potenciação da eletricidade renovável no arquipélago da Madeira", mais 116 milhões para a transição energética nos Açores, totalizando esta componente do plano entregue em Bruxelas 371 milhões de euros.

"Esta componente pretende apoiar o investimento, maioritariamente privado, no aumento da capacidade instalada em eletrolisadores para a produção de hidrogénio verde e gases renováveis, em estreita cooperação entre as autoridades públicas e os intervenientes dos diversos setores envolvidos", lê-se no PRR.

No documento, o Governo reconhece a "importância do hidrogénio verde", por, entre outros, "constituir uma solução para processos industriais intensivos, para o armazenamento de energia produzida através de fontes renováveis e para o surgimento de outros combustíveis de base renovável, como é o caso dos combustíveis sintéticos para o setor dos transportes marítimos e aviação".

O Governo aprovou, em 21 de maio, a estratégia nacional para o hidrogénio, que prevê investimentos de 7.000 milhões de euros "no horizonte 2030", levando a uma redução da importação de gás natural de 300 a 600 milhões de euros.

No mesmo dia, foi aprovado o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC), cuja primeira versão foi apresentada no final do ano passado e define as metas de redução de emissões (45% e 55%), de incorporação de renováveis (47%) e de eficiência energética (35%) até ao final da década.

O PRR resulta da "Visão estratégica para o plano de recuperação económica de Portugal 2020-2030" desenvolvida por António Costa Silva, a pedido do Governo e que recebeu mais de 1.100 contributos durante o processo de consulta pública.

 

 

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